Show de História
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Cultura Punk
Denomina-se cultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. Surge dentro do contexto da contracultura, como reação à não-violência dos hippies e a um certo otimismo daqueles.
A Juventude rebelde desde 1950
Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.
O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por James Dean, no filme “Juventude Transviada” (1955), que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando também sugeria um visual displicente no filme “Um Bonde Chamado Desejo” (1951), transformando a camiseta branca em um símbolo da juventude.
Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano, mas com um componente mais agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os “teddy-boys”.
Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a se formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60. No Brasil, desfilavam os playboys de Copacabana em seus Cadilacs e cabelos penteados com o dedo ao estilo de Elvis. Sapatos brancos mocassim, calça rancheira e camisa Ban-Lan. A juventude rebelde andava de “Lambreta” e mascavam chicletes. Os homens usavam “Ray Ban” e as mulheres, lenço no pescoço. Com a explosão feminista, Marilyn Monroe era símbolo sexual no Brasil e Marta Rocha, que perdeu o titulo de Miss Universo pelas duas polegadas a mais de quadril, passa a ser o ícone de beleza brasileira. Na moda praia, as extensas roupas de banho femininas perderam espaço para o ousado maiô, que mostrava as coxas e os ombros.
Os Anos Dourados (assim chamado pelo crescimento industrial e econômico pós-guerra) também marcaram o Brasil pelo surgimento do Rock. “A musica de quem quer matar o pai” – como diziam os jovens – era repudiada pelos conservadores, que considerava o estilo de vida uma decadência e uma loucura. As músicas eram importadas dos Estados Unidos, assim como o jeito de se vestir dos “rebeldes sem causa”. Percebendo o sucesso do Rock`n Roll, as gravadoras começaram a procurar “homens de família” e “meninas de bem” para formar um grupo de rock. Formado pelos jovens China, Alênio Trindade, Tim Maia, Erasmo Carlos e Roberto Carlos, a “Turma do Matoso” foi uma das primeiras bandas de rock brasileiro. Cely Campelo era ‘ídolo dos adolescentes que lutavam contra a repressão sexual e pela liberdade de expressão. Seus rits foram: Estúpido Cupido, Banho de Lua e Broto Legal.
A Geração Coca-Cola, bombardeada com o crescimento econômico e com incentivo governamental de importação, viveu um consumismo extremado e uma rebeldia quase copiada. O “American Way of Life”, ao mesmo tempo em que deu ao jovem brasileiro da classe média uma sensação de liberdade e prazer, trouxe uma desigualdade social muito grande pelo monopólio industrial `as famílias de classes mais baixas.
Juventude: 1950
Os anos dourados (a década de 1950) registram também a percepção dos jovens e das crianças como importantes segmentos do setor de consumo, portanto, a partir desse período inicia-se uma intensa propaganda por parte de indústrias e setores expressivos do comércio para atingir esse segmento considerável do mercado.
A apropriação pela indústria cultural de ícones como Elvis Presley, James Dean ou Marlon Brando e sua pretensa rebeldia mirava exatamente os muitos dólares que poderiam ser gerados por uma massa de jovens decidida a incorporar o espírito irreverente, audacioso e libertário desses ídolos.
Mas não eram apenas esses os expoentes da radicalização do comportamento jovem nos anos 1950. Surgiam também os beatniks, liderados por escritores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg, que resolveram colocar o pé na estrada, escrever sobre suas experiências psicodélicas, sobre sua vida marginal, dormindo ao relento, conhecendo realidades totalmente díspares em relação ao mundo burguês ao qual a maioria dos jovens americanos desse período estavam acostumados.
Eles apenas deram o pontapé inicial para práticas ainda mais radicais, que redundariam no Flower Power dos anos 1960 e seu lema “sexo, drogas e rock and roll”, incorporado ao cotidiano de uma juventude totalmente liberada, adepta do naturismo, do consumo de drogas variadas (como a maconha, a heroína ou a cocaína), da vida em comunidades alternativas e do sexo livre, descompromissado.
É nesse período que os universitários passam a lutar por seus direitos e promovem manifestações, desafiando governos, sistemas educacionais, orientações políticas autoritárias e modelos econômicos que em sua opinião estavam falidos ou então que eram injustos. Na França, no Brasil, nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, universidades são fechadas, acampamentos provisórios abrigam os universitários em luta por seus ideais, a polícia é chamada as ruas para intervir e tentar manter a ordem,...
No Brasil, a luta armada passa a ser a opção de muitos desses estudantes, acuados pelo governo com a perseguição ostensiva e a marcação cerrada dos órgãos repressores. O seqüestro de embaixadores ou a Guerrilha do Araguaia são acontecimentos que simbolizam esse envolvimento numa época em que as oposições políticas foram silenciadas pela censura, pelas torturas ou pelo exílio.
Nos festivais da canção surgiam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Raul Seixas, Geraldo Vandré e tantos outros cantores e compositores que através de suas canções tentavam contestar o regime opressor. Era também a época da rebelde (mas controlada) Jovem Guarda liderada por Roberto Carlos, Wanderléia e Erasmo Carlos.
O papel do jovem era rediscutido diariamente, em várias partes do mundo, não mais pelos adultos e suas instituições (como a escola), mas pela própria juventude, que se tornava cada vez mais protagonista dos acontecimentos que viravam manchetes de jornais, notícias do dia...
Daquela época para cá vimos surgir novos movimentos, alguns ainda incompreendidos, marginalizados, hostilizados pela grande mídia e, por isso mesmo, estigmatizados como violentos. Outros, entretanto, produziram movimentos culturais que se tornaram relevantes e deram status de estrela mesmo a quem não queria tantos holofotes, apesar de seu talento reconhecido, casos de Kurt Cobain (do grupo Nirvana) ou de Sid Vicious (do Sex Pistols).
Cazuza e sua trupe do Barão Vermelho, Renato Russo e o grupo Legião Urbana, Herbert Vianna e os Paralamas do Sucesso no Brasil consolidaram o rock e deram a esse gênero uma roupagem nacional. Falavam do Brasil de forma crítica, demonstravam uma vontade latente de mudar, diziam em nome dessa juventude brasileira aquilo que se buscava com movimentos como as Diretas Já ou, posteriormente, com os Caras pintadas que enxotaram Collor do poder, ou seja, “Brasil mostra a sua cara”...
O professor Paulo Sérgio do Carmo caminha ao longo das páginas de seu livro pelos caminhos alternativos escolhidos pela juventude brasileira e mundial em busca de um espaço para que sua voz, tanto de lamento quanto de confiança e satisfação pudesse ser ouvida (luta que continua ainda hoje, com a utilização de outros expedientes e rotas). Seu livro é recomendado não apenas para as pessoas interessadas num estudo da história e das perspectivas futuras da juventude, mas também de todos aqueles que, em determinado momento de suas vidas, dançaram embalados pelo “Twist and Shout” ou pelo “Dancin’ Days”...
A apropriação pela indústria cultural de ícones como Elvis Presley, James Dean ou Marlon Brando e sua pretensa rebeldia mirava exatamente os muitos dólares que poderiam ser gerados por uma massa de jovens decidida a incorporar o espírito irreverente, audacioso e libertário desses ídolos.
Mas não eram apenas esses os expoentes da radicalização do comportamento jovem nos anos 1950. Surgiam também os beatniks, liderados por escritores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg, que resolveram colocar o pé na estrada, escrever sobre suas experiências psicodélicas, sobre sua vida marginal, dormindo ao relento, conhecendo realidades totalmente díspares em relação ao mundo burguês ao qual a maioria dos jovens americanos desse período estavam acostumados.
Eles apenas deram o pontapé inicial para práticas ainda mais radicais, que redundariam no Flower Power dos anos 1960 e seu lema “sexo, drogas e rock and roll”, incorporado ao cotidiano de uma juventude totalmente liberada, adepta do naturismo, do consumo de drogas variadas (como a maconha, a heroína ou a cocaína), da vida em comunidades alternativas e do sexo livre, descompromissado.
É nesse período que os universitários passam a lutar por seus direitos e promovem manifestações, desafiando governos, sistemas educacionais, orientações políticas autoritárias e modelos econômicos que em sua opinião estavam falidos ou então que eram injustos. Na França, no Brasil, nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, universidades são fechadas, acampamentos provisórios abrigam os universitários em luta por seus ideais, a polícia é chamada as ruas para intervir e tentar manter a ordem,...
No Brasil, a luta armada passa a ser a opção de muitos desses estudantes, acuados pelo governo com a perseguição ostensiva e a marcação cerrada dos órgãos repressores. O seqüestro de embaixadores ou a Guerrilha do Araguaia são acontecimentos que simbolizam esse envolvimento numa época em que as oposições políticas foram silenciadas pela censura, pelas torturas ou pelo exílio.
Nos festivais da canção surgiam Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Raul Seixas, Geraldo Vandré e tantos outros cantores e compositores que através de suas canções tentavam contestar o regime opressor. Era também a época da rebelde (mas controlada) Jovem Guarda liderada por Roberto Carlos, Wanderléia e Erasmo Carlos.
O papel do jovem era rediscutido diariamente, em várias partes do mundo, não mais pelos adultos e suas instituições (como a escola), mas pela própria juventude, que se tornava cada vez mais protagonista dos acontecimentos que viravam manchetes de jornais, notícias do dia...
Daquela época para cá vimos surgir novos movimentos, alguns ainda incompreendidos, marginalizados, hostilizados pela grande mídia e, por isso mesmo, estigmatizados como violentos. Outros, entretanto, produziram movimentos culturais que se tornaram relevantes e deram status de estrela mesmo a quem não queria tantos holofotes, apesar de seu talento reconhecido, casos de Kurt Cobain (do grupo Nirvana) ou de Sid Vicious (do Sex Pistols).
Cazuza e sua trupe do Barão Vermelho, Renato Russo e o grupo Legião Urbana, Herbert Vianna e os Paralamas do Sucesso no Brasil consolidaram o rock e deram a esse gênero uma roupagem nacional. Falavam do Brasil de forma crítica, demonstravam uma vontade latente de mudar, diziam em nome dessa juventude brasileira aquilo que se buscava com movimentos como as Diretas Já ou, posteriormente, com os Caras pintadas que enxotaram Collor do poder, ou seja, “Brasil mostra a sua cara”...
O professor Paulo Sérgio do Carmo caminha ao longo das páginas de seu livro pelos caminhos alternativos escolhidos pela juventude brasileira e mundial em busca de um espaço para que sua voz, tanto de lamento quanto de confiança e satisfação pudesse ser ouvida (luta que continua ainda hoje, com a utilização de outros expedientes e rotas). Seu livro é recomendado não apenas para as pessoas interessadas num estudo da história e das perspectivas futuras da juventude, mas também de todos aqueles que, em determinado momento de suas vidas, dançaram embalados pelo “Twist and Shout” ou pelo “Dancin’ Days”...
A juventude desde 1950
Não dá para ignorar que em se tratando dos anos 1950, a imagem de rebelde foi associada aos personagens de James Dean em “Juventude Transviada” ou ainda de Marlon Brando em “O Selvagem”. O blusão de couro, a camiseta e a calça jeans passavam a fazer parte do imaginário mundial como símbolos destacados da presença marcante da juventude como elemento ativo, integrado, sintonizado com a política, crítico dos sistemas econômicos, sequioso de uma independência e de um reconhecimento que ainda não possuía.
Os jovens dos anos 1990, por sua vez, incorporaram alguns elementos para demonstrar sua rebeldia e seus questionamentos. Aderiram a novas correntes musicais e propostas alternativas de vida, condizentes com suas realidades e problemas. Foi nessa época que se consolidaram o Rap, o Hip Hop e o conceito de “galeras”.
Elvis Presley, Legião Urbana, os carapintadas que ajudaram a derrubar Fernando Collor de Mello, Rita Lee e os Mutantes, o tropicalismo, a UNE dos anos 1960, os movimentos estudantis dessa mesma década, o advento da MTV, os hippies, o surgimento do movimento Punk e de seus derivativos, a voz rouca de Janis Joplin, Cazuza, a morte pelo consumo de drogas dos roqueiros que agitaram o cenário mundial a partir de Woodstock, o envolvimento de jovens na luta armada contra a ditadura militar, a alienação do fim da ditadura militar, o surgimento do terceiro setor e o envolvimento da juventude em movimentos pela preservação da natureza ou pela ética na política,...
Todos esses acontecimentos e personagens são parte integrante da história recente de nosso planeta, relacionados entre si pelo fato de representarem diferentes momentos, propostas, respostas e atitudes da juventude em relação ao mundo em que viviam. Contextualizados eles podem ser entendidos, vistos aleatoriamente, dificilmente seríamos capazes de compreender o que representavam, por que agiram da forma como hoje temos a possibilidade de estudar, que alternativas possuíam, de onde veio toda a sua rebeldia, que caminhos os jovens do século XXI tem pela frente...
Os jovens dos anos 1990, por sua vez, incorporaram alguns elementos para demonstrar sua rebeldia e seus questionamentos. Aderiram a novas correntes musicais e propostas alternativas de vida, condizentes com suas realidades e problemas. Foi nessa época que se consolidaram o Rap, o Hip Hop e o conceito de “galeras”.
Elvis Presley, Legião Urbana, os carapintadas que ajudaram a derrubar Fernando Collor de Mello, Rita Lee e os Mutantes, o tropicalismo, a UNE dos anos 1960, os movimentos estudantis dessa mesma década, o advento da MTV, os hippies, o surgimento do movimento Punk e de seus derivativos, a voz rouca de Janis Joplin, Cazuza, a morte pelo consumo de drogas dos roqueiros que agitaram o cenário mundial a partir de Woodstock, o envolvimento de jovens na luta armada contra a ditadura militar, a alienação do fim da ditadura militar, o surgimento do terceiro setor e o envolvimento da juventude em movimentos pela preservação da natureza ou pela ética na política,...
Todos esses acontecimentos e personagens são parte integrante da história recente de nosso planeta, relacionados entre si pelo fato de representarem diferentes momentos, propostas, respostas e atitudes da juventude em relação ao mundo em que viviam. Contextualizados eles podem ser entendidos, vistos aleatoriamente, dificilmente seríamos capazes de compreender o que representavam, por que agiram da forma como hoje temos a possibilidade de estudar, que alternativas possuíam, de onde veio toda a sua rebeldia, que caminhos os jovens do século XXI tem pela frente...
Governo Populista - Populismo
A REPÚBLICA POPULISTA 1946 – 1964
Apesar de habitualmente convencionar-se o período de 1945 a 1964 como o auge do populismo é importante ressaltar que suas raízes não remontam desta época. As suas origens estão na Revolução de 1930. O populismo não foi um advento tipicamente brasileiro, mas latino americano. Trazia a marca de suas origens: a política ambígua como produto de forças transformadoras e contraditórias. Notabilizado por Getúlio Vargas que usou e abusou do carisma pessoal, dos discursos melodramáticos e do uso da propaganda massiva, características consagradoras do grande ícone populista que, ainda hoje, inspira os hábitos e comportamentos das lideranças políticas contemporâneas. Seu discurso nacionalista, a concentração de poderes políticos, uma delicada teia de interesses e alianças proporcionaram-lhe longa permanência a frente da presidência do Brasil. O populismo de Vargas saudava valores e idéias que o credenciava como “grande líder” porta-voz das massas, fundamentando o seu discurso em projetos de inclusão social. Contudo o exemplo que ratifica a contradição do populismo é a denominação dada à Vargas que conseguia, ao mesmo tempo, ser o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”.
Segundo o sociólogo Francisco Weffort, o populismo, como "estilo de governo", é sempre sensível às pressões populares; simultaneamente, como "política de massa", procura conduzir e manipular as aspirações populares. Isto significa que, aparentemente o comando estava com o povo, porem na realidade, sem aperceber-se a massa popular era sutilmente controlada pelo governante. Podemos retirar a conclusão do que representou o populismo a partir de 3 aspectos:
No plano político/econômico foi o deslocamento do pólo dinâmico da economia - do setor agrário para o urbano -, através do processo de desenvolvimento industrial, em grande parte iniciado pela revolução de 1930.
No plano social, tais transformações econômicas implicaram a ascensão das classes populares urbanas, cujos anseios foram sistematicamente ignorados e reprimidos no período da República Oligárquica.
Do ponto de vista da camada dirigente, o populismo é, por sua vez, a forma assumida pelo Estado para dar conta dos anseios populares e, simultaneamente, elaborar mecanismos para o seu controle.
Vargas foi uma referência do populismo, mas não o único. JK, Jânio e Jango também figuram como representantes deste modelo na época. Posteriormente outros políticos absorveram características populistas em suas trajetórias pessoais, seja no ambito estadual ou nacional. O populismo não acabou. Ainda está em evidência. Como prova apontamos o estilo de governar do presidente Lula ao incorporar aspectos populistas, mantém altos índices de popularidade no Brasil e destaca-se no cenário político internacional. Cito como exemplo do folclore populista o recente fato de ter recebido elogios do presidente Obama ao comentar "Este é o cara" referindo-se a Lula. Portanto "nunca na História deste país" o populismo esteve tão em voga. Importante lembrar que a passagem para o período da República Populista origina-se nas consequências do término da Segunda Guerra Mundial que repercutiram sobre a política interna do Brasil e contribuiram para o enfraquecimento das bases de sustentação do governo Vargas. Justificativa não faltava. Afinal não fazia sentido manter aqui uma ditadura (o Estado Novo) que enviou tropas para combater a ditadura nazifascista na Europa. Situação não condizente ao cenário mundial de restabelecimento das democracias, após a derrota do nazifascismo. As pressões aumentaram para o término do Estado Novo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
João Goulart
João Belchior Marques Goulart | ||
24.º Presidente do Brasil Brasil | ||
Mandato 7 de setembro de 1961 até 1 de abril de 1964 | ||
Vice-presidente | nenhum | |
---|---|---|
Precedido por | Jânio Quadros | |
Sucedido por | Humberto de Alencar Castelo Branco | |
Nascido em | 1 de Março de 1919 São Borja, RS | |
Morreu em | 6 de dezembro de 1976 (58 anos) Mercedes, Argentina | |
Partido político | PTB | |
Esposa | Maria Teresa Fontela Goulart | |
Profissão advogado João Belchior Marques Goulart (São Borja, 1 de março de 1919 — Mercedes, 6 de dezembro de 1976), conhecido popularmente como "Jango", foi um político brasileiro e o 24° presidente de seu país, de 1961 a 1964. Antes disso, também foi vice-presidente, de 1956 a 1961, tendo sido eleito com mais votos que o próprio presidente, Juscelino Kubitschek. A família de Goulart era de ascendência portuguesa, sendo ele filho de Vicente Goulart, estancieiro do Rio Grande do Sul que tinha grande influência na região, ajudando em sua entrada na vida política. Formou-se em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1939. Foi deposto pelo Golpe Militar de 1964, liderado pelo alto escalão do Exército. |
Jânio Quadros
Jânio Quadros | ||
22.º Presidente do Brasil Brasil | ||
Mandato 31 de janeiro de 1961 até 25 de agosto de 1961 | ||
Vice-presidente | João Goulart | |
---|---|---|
Precedido por | Juscelino Kubitschek | |
Sucedido por | Ranieri Mazzilli | |
Governador de São Paulo | ||
Mandato 31 de janeiro de 1955 até 31 de janeiro de 1959 | ||
Precedido por | Lucas Nogueira Garcez | |
Sucedido por | Carlos Alberto Alves de Carvalho Pinto | |
Prefeito de São Paulo | ||
Mandato 8 de abril de 1953 até 6 de julho de 1954 | ||
Precedido por | Armando de Arruda Pereira | |
Sucedido por | José Porfírio da Paz | |
Mandato 1 de janeiro de 1986 até 1 de janeiro de 1989 | ||
Precedido por | Mário Covas Júnior | |
Sucedido por | Luiza Erundina | |
Nascido em | 25 de Janeiro de 1917 Campo Grande, MS | |
Morreu em | 16 de fevereiro de 1992 (75 anos) São Paulo, SP | |
Partido político | PDC, PTN e PTB | |
Esposa | Eloá Quadros | |
Profissão Advogado e Professor de português Jânio da Silva Quadros (Campo Grande, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo, 16 de fevereiro de 1992) foi um político e o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que renunciou, alegando que "forças terríveis" o obrigavam a esse ato. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo PTB. Foi o único sul-mato-grossense presidente do Brasil. O governoNo seu curto período de governo, Jânio Quadros:
A renúnciaO dia 21 de agosto de 1961 Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava as autorizações ilegais outorgadas a favor da empresa Hanna e restituía as jazidas de ferro de Minas Gerais à reserva nacional. Quatro dias depois, os ministros militares pressionaram a Quadros a renunciar: «Forças terríveis se levantaram contra mim...», dizia o texto da renuncia.De acordo com Auro de Moura Andrade, as razões de seu ato, citado em sua carta renúncia, entregue ao ministro da Justiça Oscar Pedroso Horta, foram:
Em um discurso no dia 24 de agosto de 1961, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, Lacerda denunciou uma suposta trama palaciana de Jânio e acusou seu ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, de tê-lo convidado a participar de um golpe de estado. Na tarde de 25 de agosto, Jânio Quadros, para espanto de toda a nação, anunciou sua renúncia, que foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional. Especula-se que talvez Jânio não esperasse que sua carta-renúncia fosse efetivamente entregue ao Congresso. Pelo menos não a carta original, assinada, com valor de documento. O popular rádio jornal daquela época, o Repórter Esso, em edição extraordinária, no dia 25 de agosto, atribuiu a renúncia a "forças ocultas", frase que Jânio não usou, mas que entrou para a história do Brasil e que muito irritava Jânio, quando perguntado sobre ela. Cláudio Lembo, que foi Secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura durante o segundo mandato de Jânio, recorda dois pedidos de renúncia que Jânio lhe entregou - e preferiu guardar no bolso. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo disse Lembo: Por outro lado especula-se que Jânio estaria certo de que surgiriam fortes manifestações populares contra sua renúncia, com o povo clamando nas ruas por sua volta ao poder - como ocorreu com Charles de Gaulle. Por isso Jânio permaneceu por horas aguardando dentro do avião que o levaria de Brasília a São Paulo. Tudo indica, entretanto, que algum tipo de arranjo foi feito, nos bastidores da política, para impedir que a população soubesse em que local Jânio se encontrava nos momentos mais cruciais - imediatamente após a divulgação de sua carta de renúncia. Jânio Quadros alegou a pressão de "forças terríveis" que o obrigavam a renunciar, forças que nunca chegou a identificar. Com sua renúncia abriu-se uma crise, pois os ministros militares vetavam o nome de Goulart. Assumiu provisoriamente Ranieri Mazzili, enquanto acontecia a Campanha da Legalidade; nesta campanha destacou-se Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e cunhado de Jango. Com a adoção do regime parlamentarista, e consequente redução dos poderes presidenciais, finalmente os militares aceitaram que Goulart assumisse. O primeiro Primeiro-Ministro do Brasil foi Tancredo Neves. A experiência parlamentarista, contudo, foi revogada por um plebiscito em 6 de janeiro de 1963, depois de também terem sido primeiros-ministros Brochado da Rocha e Hermes Lima. |
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