Denomina-se
cultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do
faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo
niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o
estilo musical, a
moda, o
design, as
artes plásticas, o
cinema, a
poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios
éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. Surge dentro do contexto da contracultura, como reação à não-violência dos hippies e a um certo otimismo daqueles.
O punk como movimento social
A partir do fim da década de 1970 o conceito de
cultura punk adquiriu novo sentido com a expressão
Movimento Punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em
tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de
movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma
ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da ramificação/submovimento que ele pertence. O
movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos —seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da
tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e auto-afirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social. Apesar de atualmente o conceito
movimento punk ser a interpretação mais popular de
cultura punk, nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo
punk como uma manifestação fundamentalmente cultural e
ideologicamente independente, cujo o aspecto revolucionário se baseia na
subversão não-coerciva dos costumes do dia-a-dia sem no entanto se apegar a um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do
movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada. Esta diferença de postura entre o
movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, violentos ou não, que ocorrem em encontros destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.
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